Talvez o maior desafio para implantar e vivenciar a cultura da inovação em uma empresa seja a forma de trabalhar os erros. Em um mercado cada vez mais competitivo, desenvolver novos processos, intraempreender e novos negócios são fundamentais. Precisamos responder aos anseios dos nossos clientes, de forma a surpreendê-los positivamente. Entretanto, vemos grandes ideias e oportunidades morrerem, pelo receio que muitas pessoas têm de assumir os riscos de errar.  Esta sensação de insegurança, medo de buscar o novo, e a possibilidade de descrédito por um possível fracasso, são grandes empecilhos à inovação. As empresas devem buscar alternativas para criar uma cultura que engaje seus colaboradores a pensarem em inovação e aprenderem com os erros.

Ao buscar realizar algo novo, podemos errar, e seremos mais felizes se errarmos no começo, quando é sempre mais fácil aprender, corrigir e seguir em frente do que com um projeto já maduro em mãos. Quanto mais demorado for um processo decisório em inovação, será mais custoso e os erros vão gerar os piores efeitos.

As equipes podem errar, porém os grandes times não cometem duas vezes o mesmo erro. A seguir, 5 Passos que temos aplicado para análises dos erros e implementação dos mesmos em uma cultura de inovação.

1 – Seja Honesto

“Você pode ignorar a realidade, mas não pode ignorar as consequências de ignorar a realidade.” Essa frase de Ayn Rand, autora do livro “A Revolta de Atlas”, nos mostra que é possível ignorar o erro, entretanto não poderemos ignorar os seus efeitos, pois vamos sofrê-los em algum momento do processo. É comum, aliás, bem comum, as pessoas fugirem de tratar dos erros, e dar a “varridinha para debaixo do tapete”. Essa falta de honestidade, além de não nos oportunizar a melhora, nos faz perder um bem muito precioso, o tempo. Devemos aprender e resolver enquanto os efeitos dos erros estão pequenos, antes de termos de lidar com grandes consequências. Então se errou, assuma a existência do erro e mãos a obra para aprender e corrigir logo no início.

2 – Faça perguntas

Só iremos chegar às respostas que precisamos se fizermos as perguntas certas, essa é uma parte fundamental para entender o que aconteceu e buscar soluções. É como estar em um garimpo, e vamos limpando toda lama e terra para ver o brilho do ouro.

O que saiu errado? Essa primeira pergunta se refere aos efeitos do erro, o que estou vendo? Quais os impactos que tivemos?

Como saiu errado? Essa segunda pergunta tem a ver com os mecanismos que levaram aos efeitos percebidos, para ajudar a responder essa pergunta podemos fazer uma mapa da operação e vamos analisando como o erro foi construído.

Por que saiu errado? Quando conhecemos os efeitos, e entendemos os mecanismos, podemos avançar para compreender de fato a raiz desse erro, suas motivações e o gerador de tudo. Esse entendimento é fundamental para que este erro não mais aconteça. Uma rápida reunião de lições aprendidas apresentando as respostas às duas perguntas anteriores pode dar conta disso.

3 – Estude e aprenda com o erro

Por mais doloroso e chato que seja, é preciso pegar todos os apontamentos feitos no passo anterior e rever por vários ângulos os efeitos, mecanismos, e as causas, desconstruindo todo ocorrido para aprender mais sobre o erro. Lembre-se em um processo de inovação, não devemos se apegar as ideias, elas serão modificadas para que possam ser executadas.

4 – Compartilhe seu erro

Vivemos em uma sociedade que ama compartilhar e adora boas histórias, entretanto para termos sempre cases de sucesso para contar e compartilhar, precisamos contar também o que deu errado. Os relatórios são fundamentais para que o erro não seja perpetuado.

5 – Desenvolva oportunidade e soluções

Quando temos nosso estudo feito sobre o erro e uma comunicação limpa com as equipes envolvidas, podemos exercitar a criatividade buscando novas possibilidades e novos caminhos para superar aquele erro. Colocamos nessa discussão abordagens como Desing Thinking, Lego Serious Play e o Business Model Canvas. Tudo para retirar ao máximo as contribuições dos envolvidos e termos sementes para novos negócios.

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Carlos Geilson Santana Silva

Gerente de Alimentação Escolar

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